Oi, galera! Há quanto tempo, não? Depois desse período sem resenhas minhas, trago uma de Filho Dourado, o segundo volume da Trilogia Red Rising, do Pierce Brown. Espero que gostem!

Filho Dourado - Pierce Brown
Editora: Globo Livros
Gênero: Ficção Científica
Páginas: 549
Skoob
ISBN: 978-85-250-6148-5
Classificação: 

Sinopse: A esperada sequência de Fúria Vermelha põe novos adversários e desafios terríveis no caminho de Darrow. Dois anos após a conclusão do Instituto, o jovem descobrirá que se infiltrar na elite da sociedade e destruí-la por dentro será mais difícil do que parece. Sua primeira vitória atraiu novos inimigos que usam a intriga e a política em vez das armas. E ele terá que aprender a combatê-los.

Filho Dourado figurou na lista de mais vendidos do New York Times e colocou Pierce Brown entre os jovens autores promissores de ficção científica da atualidade. A mistura de crítica social, ação, distopia e cultura pop que conquistou os leitores em Fúria Vermelha vai além no segundo volume. Novos personagens entram em cena, as disputas chegam a novos pontos do sistema solar. O autor criou uma trama emocionante e cheia de reviravoltas que prendem o leitor até a última página.

Pierce Brown criou um universo fascinante que mistura viagens espaciais, colônias interplanetárias e alta tecnologia com a mitologia grega. O primeiro livro da trilogia, Fúria Vermelha, será adaptado para o cinema por Marc Forster, diretor de Guerra mundial Z.

[ATENÇÃO! Pule o próximo parágrafo caso não tenha lido Fúria Vermelha (leia nossa resenha) e não queira spoilers.]

 Filho Dourado tem início dois anos após Darrow ter saído do Instituto. Agora, com 20 anos, o Vermelho transformado em Ouro está prestes a se formar na Academia e tornou-se lanceiro da Casa Augustus, ou seja, precisa servir ao homem responsável pela morte de sua esposa. O jovem é habilidoso e possui uma reputação respeitável, graças às suas conquistas no Instituto, porém nem tudo são flores e os Bellona ainda buscam vingança pela morte de Julius (assassinado por Darrow), para piorar, a família possui uma antiga e forte rivalidade com Nero au Augustus. Assim, após uma vergonhosa derrota, Darrow vê todo o seu prestígio e esforço para alcançar o topo ir por água abaixo. Sem ter contato com os Filhos de Ares, ele deverá buscar um jeito de ser reerguer e descobrir qual será o próximo passo para libertar seu povo. 

[Fim dos spoilers!]


 Pierce Brown iniciou sua primeira trilogia de maneira brilhante com Fúria Vermelha. Logicamente, é de se esperar que sua sequência seja tão boa quanto, ou melhor. E felizmente, o autor não decepciona! Filho Dourado é uma verdadeira caixa de surpresas.

“Há setecentos anos meu povo é escravizado e desprovido de voz e de esperança. Agora eu sou a espada deles.”

 Com um ritmo frenético do início ao fim, Brown dá ao leitor uma narrativa de tirar o fôlego. Quando não estamos envolvidos em cenas de ação, encontramos os personagens em um conflito político/de ideias, ou nos é jogada alguma revelação surpreendente. São poucos os momentos de calma e, ainda menos, as passagens que possam ser consideradas sem relevância. O efeito surpresa é, talvez, o maior ponto forte do livro. Pierce não poupa reviravoltas ao longo da trama e a sensação de que qualquer um pode morrer a qualquer hora ou trair Darrow é constante. Basicamente, a história sempre toma um rumo diferente do que imaginamos.

 A escrita permanece descritiva na medida certa, mas o grande diferencial (em relação a Fúria Vermelha) é que há uma maior variedade de cenários. As cenas de ação são espetaculares (o que me fez sonhar loucamente com a adaptação cinematográfica) - desde lutas com espadas à grandes batalhas com naves. Ter o livro apenas na visão do protagonista, Darrow, não se torna prejudicial e o recurso é bem aproveitado - mostrando ter sido uma ótima escolha escrever em primeira pessoa; ter o ponto de vista do jovem chega a ser essencial para entender algumas de suas atitudes e, mais ainda, criar empatia pelo personagem, compartilhando de seus sentimentos muitas vezes.




“Não somos nossa estação na vida. Nós somos nós, a soma do que fizemos, do que queremos fazer e das pessoas que mantemos perto de nós.”

 A escrita em primeira pessoa também não prejudica o desenvolvimento dos demais personagens. Podemos notar o quanto evoluíram (e evoluem ao longo do livro) em suas decisões, modo de agir e, principalmente, nos diálogos. Além dos nomes já conhecidos, há a adição de novos personagens (e maior participação de alguns que apenas foram citados anteriormente ou tiveram curta participação). Mas nada de longas introduções, os novos personagens que possuem destaque são apresentados de forma natural e os conhecemos melhor conforme ganham espaço. Como exemplo, posso citar a Victra que, particularmente, achei um ótimo acréscimo ao "núcleo principal"; há outro personagem que considero desde já uma das melhores criações da trilogia, mas prefiro não entregá-lo aqui. Além do desenvolvimento pessoal, outro ponto a se destacar é o desenvolvimento de algumas relações, sejam essas amistosas ou não. E, por falar em relações, também há um romance (mal resolvido nesses 2 anos de intervalo) sendo trabalhado, mas ele é tratado de forma natural dentro da trama, sendo um [positivo] acréscimo.



 Uma das poucas coisas que me incomodaram foi a falta de detalhes sobre alguns equipamentos tecnológicos. Quem já leu o primeiro livro sabe que o autor nomeia algumas coisas com a junção de duas palavras (por exemplo, as “gravBotas”, que são botas usadas para voar), dessa vez senti que nem sempre apenas o nome ajudava a esclarecer do que se tratava.

“Tire do homem aquilo que ele ama e sobra o quê? Apenas ódio. Apenas raiva.”

 No mais, Filho Dourado consegue ser uma sequência arrebatadora, com um dos finais mais chocantes que já li. Pierce Brown provou que realmente é um autor brilhante e que o universo de Red Rising ainda tem muito a ser explorado. A edição da Globo Alt não deixa a desejar, assim como a anterior; a novidade desse volume é que ele traz uma pirâmide explicando a fundação da Sociedade e outra com uma breve explicação sobre cada Cor. O terceiro e último livro da trilogia, “Morning Star”, está previsto para ser lançado aqui no Brasil em julho e o autor já anunciou uma segunda trilogia que terá início ano que vem, com “Iron Gold”.

 Comentem o que acharam da resenha e do livro, caso já tenham lido, será um prazer ver a opinião de vocês.


12 Comentários

  1. Olá, tenho uma certa curiosidade pela trilogia, mas não sei quando terei tempo para pegar o primeiro que tenho aqui, sentar e ler #vidacorria, hahaha. Ouço muitos elogios sobre o primeiro livro principalmente e lendo a sua resenha, fiquei muito, mas muito curiosa e espero me apaixonar pela história toda, assim como você e o estádio do maraca inteiro.Só tenho um pouco de receio quanto a descrições, mesmo você falando que está na medida certa, fico meio assim, odeio livros que são muito descritivos, gosto mais de ação, de ir logo ao ponto sabe. Mas mesmo assim irei me arriscar mais pra frente. ótima resenha.

    bjs

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  2. Oi, como vai?
    Ficção cientifica não é lá o meu gênero favorito, mas, o livro aqui apresentado traz uma boa premissa. Outra coisa que não sou muito chegada são nas trilogias, pois, chega um determinado momento em que elas ficam entediantes. Para os amantes do gênero e de trilogia, com toda certeza uma excelente dica. Parabéns pela resenha!
    http://www.cristinadeutsch.org/
    Saudações literárias.
    Beijos no ♥

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  3. Oi Alan, tudo bem?
    OMG!!! Muitas revelações em um ritmo frenetico de tirar o fôlego, com muitas surpresas? Preciso ler esse livro!!! Você me deixou bem empolgada a nos contar que o autor não decepciona com a continuação do primeiro volume. Já fiquei tensa ao saber que ao qualquer momento alguém pode morrer, ou trair, já pensou??? Eu não gostaria de estar no lugar dos personagens, risos...Não vejo a hora de ler. Sua resenha ficou ótima!!!
    beijinhos.
    cila.
    http://cantinhoparaleitura.blogspot.com.br/

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  4. Oie
    não é meu gênero de leitura mas nossa, que bom que curtiu tanto, me deixou até curiosa ahahha quem sabe um dia que tiver mais tempo eu arrisque

    Beijos
    http://realityofbooks.blogspot.com.br/

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  5. Olá Alan, essa trilogia vem recebendo vários comentários bem positivos como os seus, parece ser bem o meu estilo, mas vou esperar ser lançado o último livro que você comentou estar previsto para este mês para enfim começar a lê-la *-* Adorei a dica.

    Visite "Meu Mundo, Meu Estilo"

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  6. Olá, tudo bem?
    Não conhecia está trilogia, pela sua resenha e o que pesquisei não achei que parece muito meu estilo, até achei que a história parece bem envolvente, só que não curti muito.
    Gostei muito da sua resenha!
    Beijos, Larissa (laoliphant.com.br)

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  7. Olá,
    Falam tão bem dessa saga que tô aqui com o primeiro já pra ler!
    Espero gostar tanto quanto você, e lógico se for bom partirei pro segundo rapidinho.

    http://euinsisto.com.br

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  8. Oii,
    Me lembro que eu já tinha lido a resenha do primeiro livro uma vez e me desesperei para ler, ai com o tempo acabei esquecendo o nome e nunca procurei :c, ai agora com a sua resenha me deu vontade de novo de ler <3

    Abraços!
    http://lendocomobiel.blogspot.com.br/

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  9. Pensa numa pessoa louca para conhecer o trabalho de Pierce Brown, mas que ainda não leu nem o primeiro livro! Essa sou eu! Sou muito curiosa pelos livros dele, mas ainda não tive oportunidade de ler nenhum. Espero muito que eu goste tanto quanto você. Arrasou na resenha!

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  10. Confesso que não curto muito esse gênero, mas gostei muuuito da sua resenha <3

    :)

    beeijão ^^
    http://www.carolhermanas.com.br/

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  11. oi
    eu até tenho uma curiosidade com essa trilogia, mas por enquanto tenho outros livros que são prioridades, espero algum dia ler, pela sua descrição parece ser uma leitura cheia de animação e envolvente.

    momentocrivelli.blogspot.com

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  12. Ótima resenha, parabéns!!! Fiquei curiosa pra conhecer melhor a trilogia (ainda não conhecia). Vou dar uma pesquisada.
    ateoriadaslaranjas.blogspot.com.br

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